outubro 29, 2004

Soneto do amor total



Amo-te tanto, meu amor...não cante
O humano com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Como um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.


Vinicius de Moraes

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lindo!!!!Sem palavras...é o vossa amor!

Bunny-girl_

11:05 da manhã  
Blogger Rax said...

eu q t ature....só LOBE!!! (prontuh ja comentei)

11:24 da manhã  

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