fevereiro 20, 2005
Depois das sondagens, vêm os factos. E estes são os números da vitória. Mais do que a derrota do PSD, assistimos a uma vitória da esquerda. Parabéns à CDU, que elegeu um deputado pelo nosso burgo (Braga)e, mais do que se tornar na terceira força politica, conseguiu inverter a imagem negativa e desactualizada que vinha arrastando ao longo dos últimos anos. Parabéns ao B.E. que triplica o número de deputados. Uma esquerda jovem, fresca, de mangas arregaçadas e uma (verdadeira)alternativa. Tempo para CDS/PP perceber que não é levantando as mãos para o céu e pedindo "10" e respondendo evazivamente às questões nem mandando calar jornalistas (como se viu Paulo Portas fazer a Judite de Sousa-em directo) nem apresentando governos ficticios que se ganham votos, pelo contrário. Perdem-se. Para o PSD, é tempo de deixar descansar os mártires (curar as "facadas") e pensar num novo rumo. Eleger um líder não para ser candidato a primeiro ministro mas sim para "a transição"; reunir consenso, curar mazelas, unir forças e consertar estratégias. Para o PS, os parabéns. Mas com a grande vitória vem a grande responsabilidade. E o facto de a abstenção ter baixado, só significa uma coisa: os portugueses estão atentos, preocupados com a realidade do país. E vão estar pois, (ainda mais) atentos ao que se fizer daqui para a frente. Está na hora de retirar os cartazes, esquecer as confusões da campanha e arregaçar as mangas. E com racionalidade e inteligência, traçar um plano de governo sério. Força nisso!
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