Noturno
E que valem as árvores, as casas, a chuva, o pequeno transeunte? Que vale o pensamento humano,
esforçado e vencido, na turbulência das horas?
Que valem a conversa apenas murmurada,
a erma ternura, os delicados adeuses?
Que valem as pálpebras da tímida esperança,
orvalhadas de trêmulo sal?(...)
Cecilia Meireles
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