Os Medos
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno
Cecilia Meireles
Este é um daqueles poemas que não me deixa indiferente. Que incomoda pois, pra mim, descreve de alguma forma, a evolução e constante mutação do ser humano. Tudo aquilo que somos num dia e o "nada" em que nos tornamos no dia seguinte. E em como, paradoxalmente, quanto mais agarrados formos à vida mundana, mais morremos de cada vez que..vivemos.
Até que não tenhamos medo de nos entregar, de corpo e alma, à completa a expressão dos nossos sentimentos. De todos e de cada um. De chorar todas as lágrimas quando estamos tristes e sorrir com todos os poros quando somos imundados pela felicidade. E, se nos sentimos morrer plas lágrimas, rejuvenescemos nos sorrisos...num ciclo vicioso, com começo e sem fim..que nos torna mais fortes, mais sensiveis e mais vivos..que nos faz ser.."eternos"..
2 Comments:
Lindo pati :D só vivendo intensamente é k se vive...senão, não se vive!
que poema lindo...
realmente dá que pensar.
há que aproveitar cada minuto da vida...
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