outubro 15, 2005

D`ZRT




Paulo (Tôpé), Angélico (Mister D), Vítor (Zé Milho) e Edmundo (Ruca) são, da esquerda para a direita, os meninos da foto, e os integrantes da banda do momento no panorama musical nacional: os DZRT. Ontem, esta menina, a prima dela e eu fomos vê-los ao Parque de Exposições de Braga.
Impressionante! É a única coisa que consigo dizer..não pelo espectáculo em si, mas pela máquina que sustenta este "fenómeno" de massas. Depois de uma boa meia-hora para entrar na nave principal do PEB, o ambiente era de loucos. Eram milhares de adolescentes que gritavam, batiam palmas e sustentavam cartazes. Os ecrãs iam passando video clips de outros artistas da NZ Produções (produtora dos meninos) e a histeria era geral sempre que passavam as datas dos próximos concertos da banda da noite. Com quinze minutos de atraso os DZRT inundaram o palco e fizeram toda a plateia saltar com "Todo o tempo". E aí, a Raquel e eu sentimo-nos bem deslocadas...todas as miúdas (devidamente acompanhas pelos pais) sabiam as letras e nós..mexiamos os lábios para não "parecer tão mal". Com o evoluir do espectáculo, fui-me apercebendo da distribuição da audiência. Da zona do controlo de som (sensivelmente do meio da nave) para trás, estavam os papás com os filhos (com idades compreendidas entre os 5 e os 12 anos, sensivelmente). Lá na frente (e primeira metade da nave), estavam as "verdadeiras fãs". Empunhavam cartazes, sabiam as letras de trás pra frente, usavam t-shirts alusivas à banda e gritavam...muito.

Quanto ao concerto em si...a imagem dos meninos é, sem dúvida, o resultado de horas infindáveis de pesquisas de mercado...todos iguais e, no entanto, todos com algo que os faziam distinguir-se. O Zé Milho com a sua crista inconfundivel, o Mister D com o seu charme de macho latino (e com um jogo de ancas bastante simpático), o Ruca com o preto do couro a contrastar com as correntes de ouro amarelo e o Tôpé com inúmeros crachás pequeninos e coloridos (como "curiosamente" agora se usa) num dos lados das calças de ganga. Do outro lado, as já "habituais" correntes, comuns aos quatro elementos.
Nada de coreografias muito elaboradas (não era preciso tanto para levar à loucura aquela plateia)..apenas alguns saltos em conjunto, meia dúzia de passos em sintonia e muitas apresentações individuais..De ressaltar (a meu ver, pela negativa) o excesso de protagonismo do Mister D...que fazia questão de, sempre que dançava, levantar a larga t-shirt que vestia pra que os boxers ficassem bem visiveis e aos pedidos incansáveis das fãs pra tirar a camisola respondeu afirmativamente...ficando com uma camisola interior bem justinha. "Tira mas é tudo!" gritou uma miúda ao meu lado..e parece que ele a ouviu, pois dois minutos depois lá a foi tirando, sempre bamboleando-se ao som da música...depois disso, despejou uma garrafa de água por cima da cabeça, deixando que esta escorresse pelo seu tronco nú..não é preciso dizer que foi o delirio das fãs e o espanto de alguns pais, atónitos com a peculariedade da cena. Hora e meia de música, "vocês são espectaculares" e "tasse bem?" depois, os meninos despediram-se do "público fenonemal" e a audiência começou a sair, deixando atrás de si um espaço sujo e vazio..excepção feita, claro, às "verdadeiras" fãs que, quando saimos de lá, se propunham a esperar longos minutos por alguns sarrabiscos dos "fantásticos quatro"...

3 Comments:

Blogger NrowS said...

Foste lá e admites... isso é bom. Admitir é o primeiro passo para a cura! :)

6:21 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

no comments... dizer isto já é um comment... errr. olha gostei do q escreveste acerca do concerto, mas, como diz o post anterior, "Admitir é o primeiro passo para a cura!" ... pode ser que tenhas cura... pode ser...

3:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

maninos: nao tenho cura!!!..xto eh incuravel!! :p

10:25 da tarde  

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