A razão sem razão
E, neste momento, a minha "duvida existencial" prende-se ah volta do amor. Nao do sentimento em si mesmo mas..da necessidade que as pessoas tem de amar e serem amadas. De despertar paixão, ódio, insónias, falta de apetite ou apetite extremo...é, no fundo, um sentimento de extremos.
Mas acaba tambem por ser um sentimento apaziguador, que enche e preenche tudo o que está à sua volta. Talvez por isso nos faça tanta falta quando sentimos a falta dele.
O toque, o respirar no pescoço, o sussurar ao ouvido, a respiração ofegante...a mão na face, a mão na mão, a mão nos cabelos..com calor ou frio.
O toque. A respiração. O abraço. O beijo. Os sorrisos. Aqueles malandros, os mais atrevidos, os simpaticos, os envergonhados, os rasgados. O olhar; profundo, carinhoso, "caliente", meigo, desafiador.
Engraçado como a "falta de amor" nos faz pensar em solidão. Como a falta de alguém nos remete para uma falta de nós mesmos, das coisas, dos espaços. De como o tempo (que até era tão pouco) se torna em tanto, como os minutos se arrastam, as horas se sucedem, a chuva cai sem sentido, o sol ilumina sem brilhar.
Como a tão temida solidão nos aparece em cada canto da memória, atrás de cada porta, espreitando por cada janela. E os momentos de felicidade, apesar de continuarem lá, se transformam em doces momentos de nostalgia, sempre acalentando o "recordar é viver"...e cada vez mais os momentos/actos que levaram à ruptura se desvanecem, esfumaçam no ar e deixam de fazer qualquer sentido...mas ao mesmo tempo são muros. Altos. Duros. Que só caem se o propósito que existia antes deles permanecer lá:
O Amor
(já agora não resisto a citar o que as meninas me cantam aos ouvidos: "but you have to search..not just anyone will fit. That`s why your mission is to find that someone who surrender to you")
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