novembro 22, 2005

A razão sem razão

Não sei até que ponto estas palavras farão sentido amanha. não sei que sentido farao para quem as ler, mas sei que para mim, neste momento, fazem todo o sentido.
E, neste momento, a minha "duvida existencial" prende-se ah volta do amor. Nao do sentimento em si mesmo mas..da necessidade que as pessoas tem de amar e serem amadas. De despertar paixão, ódio, insónias, falta de apetite ou apetite extremo...é, no fundo, um sentimento de extremos.
Mas acaba tambem por ser um sentimento apaziguador, que enche e preenche tudo o que está à sua volta. Talvez por isso nos faça tanta falta quando sentimos a falta dele.

O toque, o respirar no pescoço, o sussurar ao ouvido, a respiração ofegante...a mão na face, a mão na mão, a mão nos cabelos..com calor ou frio.
O toque. A respiração. O abraço. O beijo. Os sorrisos. Aqueles malandros, os mais atrevidos, os simpaticos, os envergonhados, os rasgados. O olhar; profundo, carinhoso, "caliente", meigo, desafiador.


Engraçado como a "falta de amor" nos faz pensar em solidão. Como a falta de alguém nos remete para uma falta de nós mesmos, das coisas, dos espaços. De como o tempo (que até era tão pouco) se torna em tanto, como os minutos se arrastam, as horas se sucedem, a chuva cai sem sentido, o sol ilumina sem brilhar.
Como a tão temida solidão nos aparece em cada canto da memória, atrás de cada porta, espreitando por cada janela. E os momentos de felicidade, apesar de continuarem lá, se transformam em doces momentos de nostalgia, sempre acalentando o "recordar é viver"...e cada vez mais os momentos/actos que levaram à ruptura se desvanecem, esfumaçam no ar e deixam de fazer qualquer sentido...mas ao mesmo tempo são muros. Altos. Duros. Que só caem se o propósito que existia antes deles permanecer lá:
O Amor

(já agora não resisto a citar o que as meninas me cantam aos ouvidos: "but you have to search..not just anyone will fit. That`s why your mission is to find that someone who surrender to you")