Anywhere & Nowhere: ultimo deste ano

dezembro 27, 2005

ultimo deste ano

"Guarda uma passa pra taça"

Este é o novo slogan da Galp, que, depois do "hino" no Europeu, já aponta baterias para a participação da principal selecção lusa no Campeonato do Mundo..

Eu cá guardo uma "passa pra taça"..agora a camisa debaixo dela vai continuar verde e amarela!

Pra já pra já, um bom ano para todos, melhor ou tão bom como o que agora termina. Acima de tudo saúde. Depois alegria, paz, felicidade e amor. E mais do que vitórias, batalhas...porque aquilo que é conquisado a pulso sabe ainda melhor..!!

Bom 2006!!!

3 Comments:

NrowS said...: Passa - fruta - ou passa - 35 cêntimos a mais? Anyway, espero que te engasgues! :D
Feliz 2006!; 1:48 da manhã
Alexandre Carvalho said...: Ve la se essa camisola verde e amarela, n se transforma numa euforia vermelha e verde! Se o teu compatriota não inventar nas escolhas, a selecção de todos nós (tb tua por piedade portuguesa :P) vai levar a taça e tudo o resto que isso vai trazer! Beijinhos pat e Ano Novo; 1:51 da tarde
Sílvio Mendes said...: devias ser recambiada!
:P; 4:01 da manhã

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Carta (esboço)

Lembro-me agora que tenho de marcar um encontro contigo, num sítio em que ambos nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma das ocorrências da vida venha interferir no que temos para nos dizer.Muitas vezes me lembrei de que esse sítio podia ser, até, um lugar sem nada de especial, como um canto de café, em frente de um espelho que poderia servir de pretexto para reflectir a alma, a impressão da tarde, o último estertor do dia antes de nos despedirmos, quando é preciso encontrar uma fórmula que disfarce o que, afinal, não conseguimos dizer. É que o amor nem sempre é uma palavra de uso, aquela que permite a passagem à comunicação mais exacta de dois seres, a não ser que nos fale, de súbito, o sentido da despedida, e que cada um de nós leve, consigo, o outro, deixando atrás de si o próprio ser,como se uma troca de almas fosse possível neste mundo.Então, é natural que voltes atrás e me peças:"Vem comigo!", e devo dizer-te que muitas vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde, isto é, a porta tinha-se fechado até outro dia, que é aquele que acaba por nunca chegar, e então as palavras caiem no vazio, como se nunca tivessem sido pensadas. No entanto, ao escrever-te para marcar um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos para dizer um ao outro: a confissão mais exacta, que é também a mais absurda, de um sentimento; e,por trás disso, de que o mundo há-de ser outro no dia seguinte, como se o amor, de facto, pudesse mudar as cores do céu,do mar,da terra,e do próprio dia em que nos vamos encontrar, que há-de ser um dia azul,de verão, em que o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas, que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros.

Nuno Júdice
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