É ali.
Na ínfima partícula
imensa distância
que separa o "meu" do "teu"
a "minha" da "tua"
que começa o "nós".
Aquilo que sobrevive à minha mísera existência
e ao teu eterno arrastar.
O que não se vê
O que tocamos
como os lábios
e prendemos com os dedos
entrelaçados.
Os meus nos teus.
As minhas nas tuas.
É o que fica depois dos lençóis remexidos,
da cama fria.
O nó na garganta.
O meu no teu
a minha na tua
Nesta (e)terna fusão
indelével
percorro tuas costas desnudas
Dormes sobre a crueldade do Mundo
O infortúnio dos amantes.
E por um momento, meu e teu
minhas e tuas
passam a ser nossos.
Existe, então
efectivamente
um "nós".
2 Comments:
Muito bonito :)
lindissimo!
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