abril 09, 2006

desvario desprovido de ti

Abro os olhos e dou por mim a baloiçar. No meio de uma ponte. Que me embala ao ritmo lento das águas. Não quero voltar pra trás…quero continuar, ir até ao fim. Envolver-me na bruma da tua margem. Dar-te a mão, mostrar que o caminho é mais fácil quando não se vai sozinho. Preciso de ser egoísta e dizer que sem ti a minha vida perde uma boa parte do sentido, que os dias ficam mais bonitos quando te vejo e as intermináveis tardes de trabalho são mais suportáveis quando passas “só para dar um beijinho”. Neste desabafo, que é o meu, preciso que saibas que preciso que precises de mim. Que estou aqui e te quero. Com as lágrimas, os problemas, as faltas de tempo, as desilusões e descontentamentos…até com esse espaço que não tens pra mim.
Quero-te mesmo assim.
Mas continuo no meio da ponte que liga o meu querer à tua realidade. Sentada, pernas à chinês, de olhos agora fechados, outrora chorosos.
O vento que me acaricia o cabelo é suave, convida-me a ficar. Perde-se em mim e mistura-se com o aroma da minha pele, deixando no ar um perfume a flores. O meu preferido. Apesar do frio que possa vir, apesar da chuva que irá cair (eu sei que vai), decidi ficar. Quer me deixes continuar até ao fim da ponte ou não.
Até ao dia em que tiver que partir.

Mas, até aí, poderei partir da tua margem…

2 Comments:

Blogger ... said...

só coisas bonitas que por aqui se encontram...:D

6:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

oh oh :p tao vunitas!! :p

9:09 da tarde  

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