abril 03, 2006

Tropeços...

"Apetece-me que fiques. Sentar-te a uma mesa, num banco de pedra, na escada do mundo. Tenho que falar contigo. Preciso que me oiças. Directamente. Nos meus olhos. Preciso-te dizer que o amor não é um sentimento, apenas um estado de espírito. Um estado de espírito que me inspiras e que me deixa agitada, irrequieta…não sei se posso dizer que “gosto de ti” (e assim deixar sair um jorro de emoções que se vão acumulando indefinidamente). Mas não posso…não porque não goste (porque gosto mesmo) mas porque não estás preparado para ouvir o que eu não estou preparada para dizer. Não sei porque não estás pronto para me ouvir (o medo, sempre o medo) mas eu sei porque não estou preparada para to dizer (o medo). Porque o amor que tenho agora confunde-se com a paixão, com o carinho, com a necessidade de te ter perto e te saber (pelo menos uma parte) meu. Porque tenho medo. Não de ti, mas da tua consciência. De que o teu racional esbofeteie o meu emocional, atirando por terra o estado de espírito, volátil, que me anima. Tenho medo de ti. Que me digas, está bem, ficamos amigos, e que a vida continue. E eu perca o pouco de ti que tenho. Mas não tenho porque ter medo, se o meu amor por ti não passa neste momento de um encantamento, de uma porta que se vai abrindo e me convida a entrar. E na qual tenho medo de pôr os dois pés. Porque preciso de saber que o teu amor é mais do que um estado de espírito (mesmo que não possa ser mais do que isso).
Para ver se o meu amor por ti passa a ter residência fixa."

(autor desconhecido)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei!!!

3:03 da tarde  

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