novembro 08, 2006

Há coisas que presas às palavras perdem a força..morrem no momento em que se tentam verbalizar nos lábios.
Há imagens que se guardam, e passam na mente assim que se fecham os olhos...há pessoas, lugares, momentos que nos marcam pelos simples pormenores...a neve presa no casaco, o gorro cor de rosa (que só tem piada pela flor), o manto branco que não queremos pisar, a neve nos sapatos...
Há partes de algo que se dão, que se perdem, que se trocam. Partes de nós, bocados de sitios, pedaços de tempo que trocamos por obrigações ou simples minutos de prazer...um abraço, um chá ao final da tarde, uma boa gargalhada, a lágrima adiada na partida do comboio...
Há sentimentos que adiamos, porque não podem existir (e só nos damos conta disso quando eles já nasceram, já doem no peito)...há partes que nos recusamos a viver, porque existem coisas que têm que ser feitas.
Há gostos.
E prioridades.
E, no meio de tudo isso, a que vamos chamando de vida, há um enésimo de segundo em que decidimos: se nos vamos permitir, em algum momento, a ser felizes.
Pesando todos os prós e contras, travando batalhas entre o racional e o emocional, entre o que nos faz sorrir e o que nos leva mais avante.
Medindo a distância de um abraço e o número de lágrimas que os sorrisos desvanecidos causam...adiando um futuro que o passado fez presente.
Inevitavel e irremediavelmente.

"Não sou mais uma menina iludida à procura do pricipe encantado"

1 Comments:

Blogger Unknown said...

:) encontro em algumas das tuas palavras muito do que em mim fica por exprimir...
beijinhos

12:29 da manhã  

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