julho 08, 2008

Os exames nacionais

Muito se tem dito acerca dos exames nacionais. Ora, por ter uma "vitima" da coisa cá por casa (que, como a média nacional teve a melhor nota do ano a matemática no exame e uma péssima prestação no de português) tenho ouvido com alguma atenção os números, estatisticas, bate e rebates da ministra e sindicatos (parece-me particularmente hilariante a senhora ministra achar que os alunos já se dão melhor com a matemática com base na última média nacional alcançada, mas enfim...) e acabei por tropeçar num texto pertinente (e irónico) sobre os ditos exames nacionais (não posso dizer nada em relação a anos anteriores...repito que só sei como foram os deste ano porque o irmão lá foi comentando a facilidade dos enunciados. Ele, que pouco pó tira aos livros!) Aqui fica:

"...iria mais longe e acabava simplesmente com os exames. Para que servem eles afinal? Obviamente para dar mau nome à casa. Se são demasiado difíceis, a casa afunda nas estatisticas internacionais. Se são demasiado fáceis, ninguém se cala com o facilitismo da coisa: oposição, cientistas, pais, professores. E até os alunos, que deviam calar o bico e agradecer aos céus. Razão têm o PCP e o Bloco, que consideram o exercício «injusto» e «elitista». Absolutamente de acordo. Uma medida igualitária, no sentido pleno da palavra, permitiria atribuir a cada cidadão, nascido em território nacional, uma licenciatura logo nos primeiros dias de vida. E à escolha dos progenitores. Se os pais escolhem o nome dos filhos, por que motivo não podem escolher também o «dr.» ou o «eng.» que precede o «Manuel» ou o «Joaquim»?
O gesto permitiria duas coisas: primeiro, colocar Portugal no topo das classificações internacionais, com dez milhões de doutores e engenheiros, uma proeza em todo o Ocidente letrado; e, em segundo lugar, uma vez despachado o canudo para a maioria, existiria uma ridícula minoria que que frequentaria voluntariamente as escolas e as universidades com o intuito simples de «aprender» qualquer coisa."

In ÚNICA, João Pereira Coutinho 5/07

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Basicamente somos um povo que não aprende com os erros. Não só votamos o Salazar como o melhor português de sempre como o queremos de volta. Durante a ditadura fomos privados de educação, agora infligimos essa pena a nós próprios. O sistema educativo precipita-se para um precipio e nós a empurrá-lo. Porque o mal começa em casa, prolonga-se na escola e acaba normalmente algures num sistema judicial corrupto.

Beijos e continua a escrever. Falas muito mas até falas bem...de vez enquando.

Ass: O gajo do costume...

2:34 da tarde  

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