julho 01, 2009

vistas da cidade

E de repente volto ah cidade que me viu crescer...nunca tinha percebido o cheiro a flores, constante, do centro. E como a vida se desenrola sem pressas. Os pasteis de nata acabadinhos de sair do forno, os senhores com os desportivos falando da nova epoca e as senhoras a programar idas ao cabeleireiro. Ha alguns estrangeiros, alguns perdidos, procurando-se na borra do cafe que fica na chavena. Esta bonita A Brasileira. Ainda nao sao horas, vou pela rua do souto, que acorda numa manha chuvosa. Algumas lojas que abrem, algumas senhoras que falam, muitos saldos, roupas coloridas. Vou olhando e vendo, inspirando o perfume humido que paira no ar. Penso em ti, no meio do caos londrino, e no abraco da estacao. Gostava de te ter ca. Levar-te ao jardim, mostar-te a Se, o largo do paço, as lojas, as arcadas...mas estou apenas comigo. E continuo a levar-me pelas ruas decoradas de branco e azul. O Ferreira Capa com uma simpatica zona de esplanada, os saldos, os senhores da lotaria...tudo tao novo, tudo na mesma. E parece que nao se passaram 10 meses, que ainda estou na Casa da Sorte a trocar euros por libras, arrumando as malas rumo a mais um desafio. As caras sao as mesmas, os cheiros diferentes. Continuas-me no pensamento. Quem sabe um dia, trazer-te cah, mostrar-te um pouquinho de uma lingua de que tanto gostas?