março 21, 2009

As vezes apetece-me falar com os estranhos do metro. Sentar-me perto deles, pedir-lhes que larguem o jornal e me oicam, me digam o que acham e o que nao acham, o que fariam em determinadas situacoes...e que partilhem as suas vidas...os seus anseios e preocupacoes corriqueiras, como o que vai ser o jantar ou sera que amarelo me fica melhor que vermelho. As vezes gostava que fosse mais facil. Gostava de poder sorrir mais. De trazer a alegria que demonstro no trabalho para dentro de mim. Gostava de ter mais coragem pra parar de evitar o inevitavel. E de, tomada a decisao, ser forte e andar e acreditar. Em mim. Porque estou cansada, os bracos doem, as pernas tremem. E o sorriso, apesar de aberto, nao vem de dentro. So serve pra parar as lagrimas que nao quero deixar cair. Porque fazem fluir todas as emocoes que me correm nas veias. Nos nervos. Que dizem coisas diferentes ao coracao e ah razao. E sei que devo...sim, sei. Mas nao quero. Porque doi. Apesar de ser o certo. O inevitavel. “As vezes, ha vezes em que por vezes” gostava de poder tirar ferias da minha vida, de mim, de tudo o que acontece comigo. Parece tao mais facil quando visto de fora, nao eh? Estupida ela, que nao fez. Parva ela, que insiste. Desgracada ela, que persiste. Porque o inevitavel so eh inevitavel porque sabemos que tem que ser feito, que nao pode ser evitado. E por isso se torna presenca constante nas nossas mentes, nao deixando que nos esquecamos daquilo que tem mesmo que ser. Apesar dos pesares. Apesar do coracao nao querer. A cabra da razao esta sempre certa, nao eh? Nao gosto de coisas faceis, eh um facto. Mas gostava que fosse mais facil. E que, no final, as feridas nao fossem demasiado profundas. Nem demorassem um tempo desnecessario a sarar.



"Porque visto de longe, todos somos perfeitos...e visto de perto, ninguem eh normal."

março 09, 2009

Saber...

Que eh tudo uma questao de tempo ate que acabe.

E ganhar forcas pra fazer tudo de novo. E esperar que de certo.