setembro 29, 2007

Balanço da vida



O balanço da vida...o eterno ir e vir, deixar-se ir ao sabor de..., resolver ter pulso no impulso, tentar voar, não ter medo, abrir os braços................estatelar-se no chão.

Tentar mais uma vez. E outra. E outra. Ir à caixa de primeiros socorros, tirar os vossos risos, sorrisos e lágrimas e usá-los como curativo. Pra ferida que não estanca, não fecha, não pára de doer. Sentar de novo. Olhar pró céu e procurar o ponto que vamos tentar alcançar desta vez.


Inspirar. O ar.


Deixar que ele sinta os pulmões, passe os alvéolos, entre no sangue. Que percorra cada veia, cada capilar, transfira o oxigénio a cada célula. Sentir o ar pesado.

Que sai.

Com tudo o que não queremos. Com tudo o que não precisamos.

Ir fechando círculos. Ciclos. Dar as mãos, dançar, cantar a música. Que já se sabe de cor. Sair, perceber que já não se pertence. ali. aqui. A qualquer coisa.
A um qualquer alguém.
Que um dia nos disse tanto e que hoje nos cumprimenta rapidamente, tentando não dar lugar ao silêncio incomodativo. das memórias. dos sorrisos. do que foi, e do que...como tudo, não volta.

E voltar a ter coragem. pra entrar....pra dar mãos a novas mãos, sentir novas peles, novos tactos, novas formas de reinventar aquilo que já conhecemos tão bem. O nosso eu. Um eu revivido a cada lágrima, esboço de felicidade, desilusão. e muita luta. sempre ela. Sempre Lá.

Voltar a sentar naquela tábua fria. De muitos Invernos. agarrar as correntes que nos ferem, nos entram na pele, nos queimam a derme fina (e tão calejada de tudo). (a)fundar os pés na areia, fungar no lenço. E mentalizar, que desta vez é que vai ser (e se não for, rezar pra ter forças pra voltar a tentar).

Tempo de fechar ciclos. Gastar os últimos cartuchos. E sentar no pátio, à sombra fresca. Esperar que o sol ande, o vento apague o desenho do acaso dos dedos e ver qual será a nova musica. Que nos levará a querer voltar a dançar, a levar os nossos calos a mais mãos e cantos. do pátio. e do Mundo.

setembro 25, 2007

aieh (suspiro prolongado)

Um misto de tristeza e alegria me têm invadido nos últimos tempos...a alegria de voltar a casa, à UM, a todos de quem gosto e a uma rotina de que já sentia alguma falta...e uma tristeza estranha, escorregadia, inconstante...de um ano (já passado mas) ainda a ser processado, de sentir algumas coisas a fugirem-me pelos dedos por mais que as tente agarrar, prender, fazer voltar...há coisas que nunca voltam (em boa verdade: nada volta)...e no meio de isto tudo há a incerteza constante, uma exigência de saber o que fazer quando nem mesmo sei o que quero para mim...quando tudo o que quero é um tempo que ninguém me quer dar.

...e é essa falta de "qualquer coisa" que me leva à inconstância total...

Sei que nunca lerás estas palavras, mas...precisava de mais uma daquelas conversas de muitos lenços, com as luzes (que serão sempre minhas, tuas e nossas) ao fundo. Ainda hoje me assusta a forma como me "leste", mesmo não me conhecendo há mais do que um punhado de meses. Como olhaste, tentaste concertar e, percebendo que não dava, me sentaste e obrigaste a falar...e disseste tudo o que nunca tinha conseguido verbalizar...viste o que nunca ninguém, em anos e anos, percebeu (e se viu, disfarçou, chutou pra canto). Me fizeste chorar, pensar, ver de outros ângulos, acreditar que seria possível reparar...pode ser que seja. Gostava que fosse.


"All this feels strange and untrue (...)
My bones ache my skin feels cold
And I'm getting so tired and so old"

setembro 22, 2007

pois eh

Passei a metodos...parece mentira nao?!

setembro 18, 2007

Presente pra ti



Hoje tenho uma prenda pra ti. Já sabes que adoro dar presentes, mas este é especial.
Tem rebuçados corolidos e muita da minha cromice pra te rires bastante.
Mas tem também uma mão pra te ajudar a passar as pedras do caminho. Aliás, as duas. Um ombro pra te ouvir, lenços pra te secar as lágrimas e muito amor. Pra te fazer sorrir.
E um abraço (bem apertadinho!!), pois foste tu que me fizeste perceber o quão importantes eles são e me ensinaste a pedi-los por tudo e por nada...so porque se quer.
É que, apesar de nao parecer, eu gosto mesmo muito muito muito de tueh.
Por muito que agradeça, sinto que nunca será suficiente mas...obrigada. Por trazeres tanta cor ah minha vida.

setembro 14, 2007

estado de alma


setembro 12, 2007

Outono

Chegar de uma (longa) viagem e encontrar tudo no sitio. Flores no quarto na vez dos papeis. Cama impecavelmente feita, em vez de lençóis enrodilhados.

Tardes de sol...frases feitas "porque há coisas que nunca mudam" e outras que mudaram. E muito. A distância fez-me pensar. Dar mais aperto nos abraços, mais brilho nos olhos, mais calor no sorriso.

Mais força nas lágrimas. Mais veemência nas discussões. Mais amor em tudo. Mais importância a todos os que me querem. muito.

E tudo isso me faz sorrir no final de mais um dia, com o sol no rosto e o trânsito do final de tarde como pano de fundo a uma música que toca nos auscultadores. Essa que não oiço.

Oiço sim todos os teus silêncios. Mais do que o que me dizes.


Porque me dizes demasiado.

setembro 11, 2007

Pela certeza

When I am down and, oh my soul, so weary;
When troubles come and my heart burdened be;
Then, I am still and wait here in the silence,
Until you come and sit awhile with me.

You raise me up, so I can stand on mountains;
You raise me up, to walk on stormy seas;
I am strong, when I am on your shoulders;
You raise me up... To more than I can be.


You raise me up... To more than I can be.

You raise me up... To more than I can be.

Josh Groban - You Raise Me Up

...de que tudo vai correr pelo melhor. E de que és única..

setembro 08, 2007

"No peito uma dor que entope a fala e que a pede. Uma dor inexplicável e insolúvel que brota águas e uivos lancinantes e não pára e nada pára. A dor dos desastres recorrentes. A dor que já não sei se é de ti, se de mim, se de tudo ou de tanto nada.

A dor que quero curar e nada cura."

setembro 05, 2007

Ana Moura e Os Búzios



Havia a solidão da prece num olhar triste
Como se os seus olhos fossem as portas do pranto
Sinal da cruz que persiste, os dedos contra o quebranto
E os búzios que a velha lançava sobre o velho manto

À espreita está um grande amor mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios cairam virados pra Norte
Pois eu vou mexer no destino vou mudar-te a sorte

Havia um desespero intenso na sua voz
O quarto cheirava a insenso mais uns quantos pós
A velha agitava o lenço, dobrou-o deu-lhe dois nós
E o seu pai de santo falou usando-lhe a voz


Letra e Música de Jorge Fernando, "um génio escondido da música portuguesa"

setembro 03, 2007

datas memoraveis

...faz hoje um ano que a aventura começava...num dia chuvoso e frio em que andava perdida em Munique, depois de uma madrugada de muitas lágrimas...

Passou depressa.

setembro 01, 2007

para Ti



"our lives are made
in these small hours"

Rob Thomas