outubro 30, 2005

Mas afinal..


...o que vem depois do amor..?!

As músicas da minha vida



Say What you want- Texas
Can´t Take My Eyes Off Of You- Lauryn Hill
Your Love is Kind- Will Young
Nha Cretcheu (Meu Amor)- Sara Tavares
Não hesitava um segundo- Ana Moura
If I Ain´t Got You- Alicia Keys
Don´t Panic- Coldplay
Breathe (2AM)- Anna Nalick
Agora já é tarde- Donna Maria
Please- U2
What a Difference a Day Makes- Jamie Cullum
Una Casa- Mafalda Veiga
Now Comes The Night- Rob Thomas
Gotas de Luar- Marisa Monte
A dança de um Beijo- Filipe Gonçalves
One Last Dance- Craig David
Se eu soubesse- Filarmónica Gil
Five minutes of everything- The Gift
For the Love Of You- Joss Stone


..em dias de chuva e tardes de sofá com chá e mel..

o tempo

Pensando sobre o tempo, ainda por cima hoje que muda a hora, lembrei que.."O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem; o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem"..e depois de clicar na roleta, saiu-me uma citação que senti ter que partilhar convosco..


"Se alguma vez, nos salões de um palacio, sobre a erva de uma vala ou na solidão morna do vosso quarto, acordardes de uma embriaguez evanescente ou desaparecida, perguntai ao vento, a vaga, ao passaro, ao relogio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento a vaga, a estrela, o passaro, o relogio, vos responderão: São horas de vos embriagardes! Para não serdes escravos martirizados do tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem cessar! Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha. Mas embriagai-vos! Deslumbrai-vos!"

Baudelaire


..de certeza que, a alguns de vocês, não soa assim tão estranha..

outubro 29, 2005

Memórias (com cartas mas sem declarações de amor)

Já é de madrugada. Os (meus) fusos andam trocados, não faz mal. Madrugada ou meio-dia, a diferneça prende-se com a luz lá de fora..que não existe agora. É de madrugada. E, ao ouvir a chuva, resolvi fazer algo que não fazia há tempos.
Pousei o meu livro.

Aberto.


E abri a persiana.

Só um bocadinho..

Como costumava fazer naquela janela. E não fazia há anos. E ela corria. E senti-me voltar tão atrás no tempo..e voltei pra um tempo em que as coisas eram tão diferentes...Quando o meu pai me vinha dar um beijo de boa noite e me fazer o sinal da cruz. Confesso que, três anos passados, foi a primeira vez que senti falta desse gesto.
E lembrei-me de ver a chuva naquela janela. De ter crescido a ver a chuva naquela janela. De como as lágrimas acompanharam as gotas de lá de fora quando fiz a lesão na mão, quando acabei com o meu primeiro namorado, quando achei que o mundo estava demasiado pesado nos meus ombros de menina.

Foram três anos longe daquela chuva. Da janela..

Será por isso que quase não choveu nestes últimos anos?

outubro 18, 2005

Saudade

Tenho saudades tuas
E tuas também
dos teus olhos de menino, buscando nos meus as palavras que querias, em vão, ouvir dos meus lábios
"do nosso gosto, nosso encontro, da nossa voz"
vejo-te a chegares com os chocolates, que, sendo os teus preferidos, foram comprados pra me arrancar um sorriso
mas aceitando o silêncio..era tudo o que te podia dar
"Mas um dia eu sei a casa cai"
e ainda hoje sorrio ao pensar nos chocolates..fecho os olhos e sinto-lhes o sabor
já sinto saudades tuas..das horas passadas (nunca perdidas), ao frio, a ver a lua,
"Me disseram que você estava chorando"
São tantas as memórias meu amor..!!Tenho tanta vontade de voltar a abraçar-te,
a falar de nada e coisa nenhuma entre cigarros, de mãos dadas, corpos (cada vez mais) próximos "por causa do frio"...
andar perdida contigo por ruas que passamos a conhecer tão bem como as palmas das nossas mãos..
"E foi então que eu percebi: te quero tanto!"
e tu páras a fitar-me. e deixas-me sem jeito..e sabes disso..e sorris. E confessas aquilo que eu não queria ouvir.
gosto tanto de nossa forma de "amor"..
"Podia-me apaixonar por ti, sabes?"
..tão pura, livre, intemporal, tão diferente de tudo o que tinha vivido até então..
"quando a gente chegou a acreditar que tudo era pra sempre sem saber que pra sempre sempre acaba"
..eu também, mas não quero..
ainda me lembro do primeiro dia em que te vi..não fui com a tua cara (como te disse) e de como, no fim, as lágrimas rolaram inconformadas pela nossa separação.
simplesmente não quero.
Gosto tanto de ti!!
"Então a moral da história vai estar sempre na glória de fazrmos o que nos satisfaz"
Mas já sinto que, de alguma forma, te comecei a perder..
..e é um sentimento tão dificil de descrever..sei que consigo ficar triste quando sinto que não estás bem e muito contente quando as novas são boas!
..e já tenho saudades tuas.
Sinto a tua falta..
"Quantas changes já desperdicei quando o que eu mais queria era provar pra todo o mundo que eu num precisava provar nada pra ninguém?"

outubro 17, 2005

e kê?? tah freskinho..

"Suas Majestades e altezas passam sem novidades em suas importantes saúdes."

outubro 15, 2005

D`ZRT




Paulo (Tôpé), Angélico (Mister D), Vítor (Zé Milho) e Edmundo (Ruca) são, da esquerda para a direita, os meninos da foto, e os integrantes da banda do momento no panorama musical nacional: os DZRT. Ontem, esta menina, a prima dela e eu fomos vê-los ao Parque de Exposições de Braga.
Impressionante! É a única coisa que consigo dizer..não pelo espectáculo em si, mas pela máquina que sustenta este "fenómeno" de massas. Depois de uma boa meia-hora para entrar na nave principal do PEB, o ambiente era de loucos. Eram milhares de adolescentes que gritavam, batiam palmas e sustentavam cartazes. Os ecrãs iam passando video clips de outros artistas da NZ Produções (produtora dos meninos) e a histeria era geral sempre que passavam as datas dos próximos concertos da banda da noite. Com quinze minutos de atraso os DZRT inundaram o palco e fizeram toda a plateia saltar com "Todo o tempo". E aí, a Raquel e eu sentimo-nos bem deslocadas...todas as miúdas (devidamente acompanhas pelos pais) sabiam as letras e nós..mexiamos os lábios para não "parecer tão mal". Com o evoluir do espectáculo, fui-me apercebendo da distribuição da audiência. Da zona do controlo de som (sensivelmente do meio da nave) para trás, estavam os papás com os filhos (com idades compreendidas entre os 5 e os 12 anos, sensivelmente). Lá na frente (e primeira metade da nave), estavam as "verdadeiras fãs". Empunhavam cartazes, sabiam as letras de trás pra frente, usavam t-shirts alusivas à banda e gritavam...muito.

Quanto ao concerto em si...a imagem dos meninos é, sem dúvida, o resultado de horas infindáveis de pesquisas de mercado...todos iguais e, no entanto, todos com algo que os faziam distinguir-se. O Zé Milho com a sua crista inconfundivel, o Mister D com o seu charme de macho latino (e com um jogo de ancas bastante simpático), o Ruca com o preto do couro a contrastar com as correntes de ouro amarelo e o Tôpé com inúmeros crachás pequeninos e coloridos (como "curiosamente" agora se usa) num dos lados das calças de ganga. Do outro lado, as já "habituais" correntes, comuns aos quatro elementos.
Nada de coreografias muito elaboradas (não era preciso tanto para levar à loucura aquela plateia)..apenas alguns saltos em conjunto, meia dúzia de passos em sintonia e muitas apresentações individuais..De ressaltar (a meu ver, pela negativa) o excesso de protagonismo do Mister D...que fazia questão de, sempre que dançava, levantar a larga t-shirt que vestia pra que os boxers ficassem bem visiveis e aos pedidos incansáveis das fãs pra tirar a camisola respondeu afirmativamente...ficando com uma camisola interior bem justinha. "Tira mas é tudo!" gritou uma miúda ao meu lado..e parece que ele a ouviu, pois dois minutos depois lá a foi tirando, sempre bamboleando-se ao som da música...depois disso, despejou uma garrafa de água por cima da cabeça, deixando que esta escorresse pelo seu tronco nú..não é preciso dizer que foi o delirio das fãs e o espanto de alguns pais, atónitos com a peculariedade da cena. Hora e meia de música, "vocês são espectaculares" e "tasse bem?" depois, os meninos despediram-se do "público fenonemal" e a audiência começou a sair, deixando atrás de si um espaço sujo e vazio..excepção feita, claro, às "verdadeiras" fãs que, quando saimos de lá, se propunham a esperar longos minutos por alguns sarrabiscos dos "fantásticos quatro"...

outubro 10, 2005

fogo..!!

..detesto não saber por que caminho seguir..e ficar parada no cruzamento a tentar ver o fim de cada estrada..

Mas sem saber por onde ir.

outubro 08, 2005

Solidão

Apetece-me falar de Solidão. Não a imposta e obrigatória mas..a outra solidão. A consentida. Aquela que é capaz de nos levar às lágrimas em qualquer lado, sem porquê...aquela que nos faz sentir um nó no estômago sempre que dizemos "adeus" àquele alguém que nos prende o olhar e nos faz olhar mais um milésimo de segundo, que nos faz deter a marcha e voltar a olhar pra trás, pra ver o outro a ir numa direcção oposta à nossa. De encontro à sua solidão. Ainda no outro dia me dizias que "as palavras complicam tudo". E ainda oiço. O silêncio carregado de barulho que nos acompanhou enquanto escolhias as palavras a serem ditas e eu curtia o azul escuro da noite. Ainda oiço a música que tocava na minha cabeça e tentava (em vão) assobiar, entre duas passas do cigarro. Os teus olhos que me fitavam, os meus que fugiam pra dentro da minha mala. Procurando nem eles sabiam o quê. E ainda sinto os teus olhos, buscando incessantemente os meus, querendo ver mais..."é um hábito meu" foi o que me disseste. Ao que respondi com um sorriso. "As palavras complicam tudo". As mulheres complicam sempre. Tudo. E eu continuo sentada nas escadas, à espera de mim..na minha solidão consentida, em que não há nada mais do que o cigarro, o frio e os que passam. Alheios a ti. Que não chegas. E sou eu que chego quando pegas na tua mala e começamos a caminhar. Em silêncio. Sem te olhar..mas sentindo teus olhos sobre mim.."As palavras complicam tudo". E o Silêncio dá-nos a mão, encontra-se com a minha tristeza. Qual seria a banda sonora da minha tristeza? "Não a cantes, não te quero ver chorar." O Silêncio. As escadas. A conversa sobre música. A última passa no cigarro inacabado. "As mulheres complicam sempre". E a minha solidão consentida cada vez mais me invade. Não lembro de uma música que me faça sorrir mas sou capaz de contar mais do que os dedos as que fazem chorar.

"As palavras complicam tudo". E a minha solidão começou depois de uma noite de copos...em silêncio.

Depois das palavras que o coração quis sobrepor à razão.

E não conseguiu.

outubro 07, 2005

Pensamento num dia que ja vai longo...

"Aprendemos a amar não quando encontramos a pessoa perfeita mas quando conseguimos ver de maneira perfeita uma pessoa imperfeita."

outubro 05, 2005

Requissios...

"baby just hold me
simply control me
because your arms
they keep away the lonely"


..de uma noite bem passada com consequências (ainda) incertas..