julho 12, 2008

Há horas que parecem dias e
dias que são segundos.

Como quando te olho

Há dias dentro das horas, nos
segundos, tictac
tictac...

Como quando te beijo

Diz então,
meu amor,
aos dias dos dias que
se tornem segundos
nos dias em que seco
por chorar os meses
nos dias em que
não te tenho para mim.

julho 08, 2008

Os exames nacionais

Muito se tem dito acerca dos exames nacionais. Ora, por ter uma "vitima" da coisa cá por casa (que, como a média nacional teve a melhor nota do ano a matemática no exame e uma péssima prestação no de português) tenho ouvido com alguma atenção os números, estatisticas, bate e rebates da ministra e sindicatos (parece-me particularmente hilariante a senhora ministra achar que os alunos já se dão melhor com a matemática com base na última média nacional alcançada, mas enfim...) e acabei por tropeçar num texto pertinente (e irónico) sobre os ditos exames nacionais (não posso dizer nada em relação a anos anteriores...repito que só sei como foram os deste ano porque o irmão lá foi comentando a facilidade dos enunciados. Ele, que pouco pó tira aos livros!) Aqui fica:

"...iria mais longe e acabava simplesmente com os exames. Para que servem eles afinal? Obviamente para dar mau nome à casa. Se são demasiado difíceis, a casa afunda nas estatisticas internacionais. Se são demasiado fáceis, ninguém se cala com o facilitismo da coisa: oposição, cientistas, pais, professores. E até os alunos, que deviam calar o bico e agradecer aos céus. Razão têm o PCP e o Bloco, que consideram o exercício «injusto» e «elitista». Absolutamente de acordo. Uma medida igualitária, no sentido pleno da palavra, permitiria atribuir a cada cidadão, nascido em território nacional, uma licenciatura logo nos primeiros dias de vida. E à escolha dos progenitores. Se os pais escolhem o nome dos filhos, por que motivo não podem escolher também o «dr.» ou o «eng.» que precede o «Manuel» ou o «Joaquim»?
O gesto permitiria duas coisas: primeiro, colocar Portugal no topo das classificações internacionais, com dez milhões de doutores e engenheiros, uma proeza em todo o Ocidente letrado; e, em segundo lugar, uma vez despachado o canudo para a maioria, existiria uma ridícula minoria que que frequentaria voluntariamente as escolas e as universidades com o intuito simples de «aprender» qualquer coisa."

In ÚNICA, João Pereira Coutinho 5/07