Como a tormenta que evitamos perante a perspectiva de um mar calmo...ainda que desiterante, seguro.
novembro 25, 2006
E de repente tornamo-nos impermeaveis ao amor....como uma capa que nos está entranhada, ou a camisola que nunca despimos por ser a mais quente...e se nos tornam repugnantes todas as formas que ele possa assumir...porque simplesmente não o queremos.
Como a tormenta que evitamos perante a perspectiva de um mar calmo...ainda que desiterante, seguro.
Como a tormenta que evitamos perante a perspectiva de um mar calmo...ainda que desiterante, seguro.
novembro 23, 2006
novembro 16, 2006
verbo Haver
Há intenção no meu olhar.
Há calor nas minhas mãos.
Há desejo nos meus lábios.
Há vontade no meu corpo.
Há uma inércia (protocolar) que me impede de te afagar as lágrimas.
Há uma desilusão, que não me deixa aproximar aquilo em que me tornei daquilo que sempre foste.
Há um precipicio...e tu. Do outro lado.
Há um outro eu ao lado do teu eu, e este eu observa um conjunto de eus que nunca chegarão a ser nós.
Porque o eu que tu tens quis ver o outro lado. E caiu.
Sou eu.
Há um precipicio...e tu. De um outro lado que não o meu.
Mas..há vontade.
E desejo.
Na ponta dos dedos, no canto dos lábios, no olhar disfarçado, nos pés que chutam, timidamente, pedras imaginárias.
Porque é mesmo isso que há entre nós.
Um universo,
uma barreira.
Um precipicio.
E tu. Ao lado de um outro que não eu.
Há calor nas minhas mãos.
Há desejo nos meus lábios.
Há vontade no meu corpo.
Há uma inércia (protocolar) que me impede de te afagar as lágrimas.
Há uma desilusão, que não me deixa aproximar aquilo em que me tornei daquilo que sempre foste.
Há um precipicio...e tu. Do outro lado.
Há um outro eu ao lado do teu eu, e este eu observa um conjunto de eus que nunca chegarão a ser nós.
Porque o eu que tu tens quis ver o outro lado. E caiu.
Sou eu.
Há um precipicio...e tu. De um outro lado que não o meu.
Mas..há vontade.
E desejo.
Na ponta dos dedos, no canto dos lábios, no olhar disfarçado, nos pés que chutam, timidamente, pedras imaginárias.
Porque é mesmo isso que há entre nós.
Um universo,
uma barreira.
Um precipicio.
E tu. Ao lado de um outro que não eu.
novembro 14, 2006
"Para amar basta estar distraido"-Guimarães Rosa
...e vocês, andam distraidos..?!
Ps- entendi porque estou doente..é que já o Freud dizia: "Precisamos amar para não adoecer."...eu..fiquei doente. Dava menos trabalho.
...e vocês, andam distraidos..?!
Ps- entendi porque estou doente..é que já o Freud dizia: "Precisamos amar para não adoecer."...eu..fiquei doente. Dava menos trabalho.
novembro 10, 2006
Postcard
Jos Lambregs-1990
Partilho convosco um dos postais mais geniais que já vi. Simplesmente..lindo! Muito original e, sendo simples, diz tudo...Ainda no outro dia falava com um amigo sobre a sensação de me faltar um pedaço, uma parte de mim que estava ausente...e quando olhei para o cartão, percebi que é mesmo assim que me sinto...ando há procura de uma peça (que, ao contrário do que o cartão afirma, não é um "elemento exterior")...fico-me pela peça ainda não encontrada (tenho certa dificuldade em dizer "perdida", apesar de ela ter ficado algures, no caminho...)
Este "wish you were here" acaba por ser pra mim, mas também pra voces...tantos "yous" que eu gostaria de ter cá!!
Gosto de me ter aqui...e de, aqui, continuar a procurar a peça que falta no puzzle que sou eu...
"vou continuar a procurar o meu mundo, meu lugar"
novembro 08, 2006
Há coisas que presas às palavras perdem a força..morrem no momento em que se tentam verbalizar nos lábios.
Há imagens que se guardam, e passam na mente assim que se fecham os olhos...há pessoas, lugares, momentos que nos marcam pelos simples pormenores...a neve presa no casaco, o gorro cor de rosa (que só tem piada pela flor), o manto branco que não queremos pisar, a neve nos sapatos...
Há partes de algo que se dão, que se perdem, que se trocam. Partes de nós, bocados de sitios, pedaços de tempo que trocamos por obrigações ou simples minutos de prazer...um abraço, um chá ao final da tarde, uma boa gargalhada, a lágrima adiada na partida do comboio...
Há sentimentos que adiamos, porque não podem existir (e só nos damos conta disso quando eles já nasceram, já doem no peito)...há partes que nos recusamos a viver, porque existem coisas que têm que ser feitas.
Há gostos.
E prioridades.
E, no meio de tudo isso, a que vamos chamando de vida, há um enésimo de segundo em que decidimos: se nos vamos permitir, em algum momento, a ser felizes.
Pesando todos os prós e contras, travando batalhas entre o racional e o emocional, entre o que nos faz sorrir e o que nos leva mais avante.
Medindo a distância de um abraço e o número de lágrimas que os sorrisos desvanecidos causam...adiando um futuro que o passado fez presente.
Inevitavel e irremediavelmente.
"Não sou mais uma menina iludida à procura do pricipe encantado"
Há imagens que se guardam, e passam na mente assim que se fecham os olhos...há pessoas, lugares, momentos que nos marcam pelos simples pormenores...a neve presa no casaco, o gorro cor de rosa (que só tem piada pela flor), o manto branco que não queremos pisar, a neve nos sapatos...
Há partes de algo que se dão, que se perdem, que se trocam. Partes de nós, bocados de sitios, pedaços de tempo que trocamos por obrigações ou simples minutos de prazer...um abraço, um chá ao final da tarde, uma boa gargalhada, a lágrima adiada na partida do comboio...
Há sentimentos que adiamos, porque não podem existir (e só nos damos conta disso quando eles já nasceram, já doem no peito)...há partes que nos recusamos a viver, porque existem coisas que têm que ser feitas.
Há gostos.
E prioridades.
E, no meio de tudo isso, a que vamos chamando de vida, há um enésimo de segundo em que decidimos: se nos vamos permitir, em algum momento, a ser felizes.
Pesando todos os prós e contras, travando batalhas entre o racional e o emocional, entre o que nos faz sorrir e o que nos leva mais avante.
Medindo a distância de um abraço e o número de lágrimas que os sorrisos desvanecidos causam...adiando um futuro que o passado fez presente.
Inevitavel e irremediavelmente.
"Não sou mais uma menina iludida à procura do pricipe encantado"