novembro 28, 2005

Fotos do fundo do baú

Pois é..finalmente consegui resgatar as fotos das férias na Alemanha (leia-se curso intensivo de alemão) do ano passado..tarde e a más horas, fica o registo de grandes momentos, impares na memória...e no coração!


"O" Irish Pub de Passau..(onde só passavam música de grande nivel! Oasis, The Cranberries,The Corrs.. e o dono falava um escocês delicioso, principalmente depois de passar um dia a ouvir falar alemão!! ;)


Eu ao solinho no Bavarian Wald (que poderá ser traduzido como Bosque da Baviera)


Cláudia (a menina italiana que me chamava "Bimba!") e euzinha na fronteira entre Alemanha e República Checa (depois de ter "dado cabo", mais uma vez, da mão!)


Inge, uma das nossas tutoras, Sasha, (meu "mano"!! :D) uma das melhores pessoas que já conheci na minha (curta) vida, e mais uma vez eu (já sei, tenho a mania.. :p), no último dia (antes de irmos poh Irish Pub ver o FCPorto)


Finalmente..Passau, a cidade que me recebeu, absorveu as minhas lágrimas e as transformou em sorrisos, saudade e vontade de lá voltar..

novembro 27, 2005

Um Conselho:

Não deixem as portas abertas em casa nesta altura. Como tá muito vento, faz corrente de ar e a probabilidade de ficarmos doentes é maior. A do quarto então nem pensar...faz um frio!!

novembro 26, 2005

Lidia

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)


E lá está ela. Sentada na sua manta, para não sujar o cândido vestido. E, de mãos enlaçadas, observa languidamente o curso inevitável e irreversivel do rio. Que corre indiferente à passividade de Ligia e à cobardia de Ricardo (Pessoa).

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro

Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Este poema já me fez pensar muito (é há vários anos)..É um daqueles poemas "verticais", que se estranha mas se entranha...para nunca mais nos largar. E, o que sempre me fez confusão (leia-se a cobardia do poema, que prefere sentimentos ermos ao fogo da paixão), hoje (finalmente) faz sentido. Porque o fogo queima.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.


Mas áquilo que não nos arrebata, nunca poderemos cobrar as lágrimas nem o arrependimento.

Porque nunca aconteceu.

novembro 23, 2005

by the way...

...are you a saint or a sinner inside?

novembro 22, 2005

A razão sem razão

Não sei até que ponto estas palavras farão sentido amanha. não sei que sentido farao para quem as ler, mas sei que para mim, neste momento, fazem todo o sentido.
E, neste momento, a minha "duvida existencial" prende-se ah volta do amor. Nao do sentimento em si mesmo mas..da necessidade que as pessoas tem de amar e serem amadas. De despertar paixão, ódio, insónias, falta de apetite ou apetite extremo...é, no fundo, um sentimento de extremos.
Mas acaba tambem por ser um sentimento apaziguador, que enche e preenche tudo o que está à sua volta. Talvez por isso nos faça tanta falta quando sentimos a falta dele.

O toque, o respirar no pescoço, o sussurar ao ouvido, a respiração ofegante...a mão na face, a mão na mão, a mão nos cabelos..com calor ou frio.
O toque. A respiração. O abraço. O beijo. Os sorrisos. Aqueles malandros, os mais atrevidos, os simpaticos, os envergonhados, os rasgados. O olhar; profundo, carinhoso, "caliente", meigo, desafiador.


Engraçado como a "falta de amor" nos faz pensar em solidão. Como a falta de alguém nos remete para uma falta de nós mesmos, das coisas, dos espaços. De como o tempo (que até era tão pouco) se torna em tanto, como os minutos se arrastam, as horas se sucedem, a chuva cai sem sentido, o sol ilumina sem brilhar.
Como a tão temida solidão nos aparece em cada canto da memória, atrás de cada porta, espreitando por cada janela. E os momentos de felicidade, apesar de continuarem lá, se transformam em doces momentos de nostalgia, sempre acalentando o "recordar é viver"...e cada vez mais os momentos/actos que levaram à ruptura se desvanecem, esfumaçam no ar e deixam de fazer qualquer sentido...mas ao mesmo tempo são muros. Altos. Duros. Que só caem se o propósito que existia antes deles permanecer lá:
O Amor

(já agora não resisto a citar o que as meninas me cantam aos ouvidos: "but you have to search..not just anyone will fit. That`s why your mission is to find that someone who surrender to you")

novembro 21, 2005

A razão dos Sorrisos




Lembram daquele post abaixo do pai natal..?! Esqueçam-no!!
Pronto, passando a fase da graça, hoje percebi mais um bocadinho do alcance da frase "Nada como um dia após o outro"..e como o emocional pode turvar o racional.
Mas, neste caso, sem força para alterá-lo.

As premissas continuam lá. Certas desde o inicio. Balançaram mas, ainda não foi desta que cairam por terra...e estas não serão, certamente, as que irão cair.

Pois hoje estão mais firmes do que nunca..e nada as fará cair.

Não estas.

Será que..



..alguém me xplica porque que agora só me dá pra ouvir músicas de Natal??

novembro 20, 2005

A razão das lágrimas



"Não sei o que sinto porque sinto o que não sei. O que não sei dá para sentir. O que sinto não dá para explicar. Só sei que não minto. E tudo aquilo que sinto, é a verdade que não sei."

Era uma mensagem que andava a circular pelos telemóveis quando tinha os meus 16 aninhos (e já pensava em mim como uma miuda crescida) e que foi ficando..perdida na memória. E que nas últimas 24 horas me tem atormentado de uma forma louca. Abusiva até. Hoje, este era um daqueles itens que mandava pra reciclagem sem pestanejar.
Porque realmente..."não sei o que sinto porque sinto o que não sei." Porque para uma menina tão activa e decidida como eu pensava que era, este tipo de questões nunca se pôs...mas de repente, estou perdida.

Descobri a falacidade das minhas premissas. E a invalidez de um raciocinio que servia de base a uma forma de encarar a vida. Quase de estar nela.

E agora..?! Onde estão as novas premissas??

..preciso de respostas..

novembro 18, 2005

Será?

"No final tudo dá certo, se não deu certo é porque o final ainda não chegou."

novembro 13, 2005

Topo do mundo



Depois do post de ontem, o passado não parou mais de me invadir. Apanhava-me distraida e zás...entrava sem pedir licença. A vontade de chorar constante (porquê que as recordações nos fazem querer chorar?) foi sendo combatida ao longo do (longo) dia..arrumei o quarto, procurei interessar-me pelo aumento (ou não) do salário minimo nacional aplicando até a matemática (entorpecida) para tentar perceber o que representavam, na práctica, as propostas das centrais sindicais.

Almocei, brinquei com a minha muito fofa, saí com as pindéricas para o teórico trabalho de TAD...acabamos a comer chocolate e gomas e a rapar frio no Good Jesus...fomos dizendo parvoices, coisas mais ou menos acertadas, procurando evitar que cada uma de nós voltasse à realidade..porque todas nós, por um motivo ou outro, não a queriamos ver naquele momento. Soube-me bem. Ouvir músicas lamechas no carro embaciado da Rax e ver o crepusculo deitada no banco de trás e com a cabeça em cima do casaco da Mia.
Fui ah missa (não sem antes, e mais 1 vez, me ter magoado numa das cicatrizes da mão).
Há mais de duas horas que oiço a mesma música.

Sentimental days
In a misty clouded haze
Of a memory that now feels untrue
I used to feel disguised
Now I leave the mask behind
Painting pictures that aren't so blue
The pages I've turned are the lessons I've learned


Somebody bring up the lights I want you to see
(Don't You Feel Sorry For Me)
My life turned around
But I'm still living my dreams
(Yes it's true I've been)
I've been through it all
Hit about a million walls
Welcome to my truth.. I still love


E a vontade de gritar é tão grande, a dor no peito tão profunda que, fecho os olhos e volto. A um tempo em que era feliz e não sabia. Meu último cabing, em que estivemos no "topo do mundo". Custou subir até lá em cima , mas..valeu tanto a pena. Ainda no outro dia encontrei 1 pedra que diz "pedra do topo do mundo..8/01"

E, duas horas depois, as palavras da Anastacia continuam a fazer sentido. "Somebody bring up the lights I want you to see (Don't You Feel Sorry For Me) my life turned around" desde que lá estive. Em que toquei o céu.

E a vontade de gritar continua cá dentro. Dominada com as lágrimas que não vão cair.

Welcome to my truth

passado, presente e futuro

As vezes apetece-me fugir. Para bem longe. Assim para um sitio onde eu nao tivesse passado, so presente e um indelievel futuro. Onde os sitios nao me lembrassem pessoas, as conversas nao viessem ah mente por vermos algo que sabemos que alguem com quem ja convivemos gosta, os sons e os cheiros nao nos transportassem, o tacto nao nos levasse pras recordaçoes de dias passados..

Mas depois respiro fundo e penso nas coisas boas..nas minhas meninas, nas ferias fantasticas de agosto, na minha rubi mmmuuuiiittooo fofa (que dorme aki ao meu lado), as noites de cartas pla net, os copos (eternos e intermináveis), as boas gargalhadas, as palhaçadas, as conquistas depois de muito trabalho, e o futuro..o futuro...sempre o futuro. Que não nos faz desistir do presente.

Nem arrenper do passado.

..mesmo que a vontade de fugir seja imensa..

novembro 08, 2005

Os teus olhos

Pronto..agora sinto-me assim uma miuda de 15 anos a escrever no diário o que lhe vai algures entre o coração e a alma..e sabe tão bem!!

Desde que me despedi de ti que uma imagem não me sai da cabeça..os teus olhos..olhando pra mim a sorrir. E, de repente, tenho vontade de me perder lá, contigo, no chocolate dos teus olhos, doces e profundos. Assim uma vontade como já não tinha à muuiittoo tempo, só comparável ah deliciosa sensação de chapinhar nas poças enquanto chove a potes. Fecho os meus e são os teus que estão gravados na minha mente..tens um olhar despreocupado, um sorriso de menino..porque é isso que (ainda) és..um menino que, de repente, descobriu que tinha que crescer. Mal te conheço, é certo, mas havia um poeta qualquer que defendia que era no desconhecido que eramos mais felizes..e eu tenho saudades de ser feliz.
Gostava que os tempos fossem outros, as condições diferentes, os "mas" de outra forma. "Mas" não pode ser..então, deixemo-nos estar, assim, falando de trivialidades e olhando-nos. Despreocupadamente.

..vendo os teus olhos e bebendo deles um pouco da luz e alegria que espalhas quando sorris..e o mundo fica menos cinzento..

novembro 07, 2005

Problemas




Enviado por este menino..é uma forma divertida e descomprometida de enfrentar "problemas"..

Dúvida

Será que existe alguma alminha caridosa que me possa elucidar acerca do funcionamento da um licenciatura na Alemanha? Assim tipo se exitem cadeiras ou se é tudo à base de seminários?? (Pareceu-me altamente improvável, mas é o que diz o site de traduções..)

..desde já muito obrigada..

novembro 04, 2005

Shiver (do you?..cause i do..)

"We live in a beautifull world...yeah"

Sentimento de revolta.
Paradoxalmente, de impotência. Teimosia. Sempre. Muita. Só naquilo por que me apaixono e me dá "aquele clic" cá dentro..(eu até usava o cliché de "é como o primeiro amor", mas como o meu primeiro amor não foi assim, não vou mentir..)

É sempre um problema de expressão. Sempre.

Mas a teimosia está lá. Está cá dentro. Bem guardada, ao estilo de "marca registada"..ainda hoje ela é bem mais visivel do que muitos pensam...e ainda hoje a pago cara...todos os dias a vejo, ela faz questão de se fazer lembrar..mas não é por isso que não morre.

Não esmorece. Mas também não é ela que me faz levantar da cama.

Aliás, hoje em dia o que me faz levantar da cama é o despertador. Apenas e só. Por isso tenho perdido aulas e horas em outro mundo, em que as coisas não se complicam tanto, onde somos felizes só porque o queremos, onde não estamos confinados ao fundo da caverna.

E por isso estas horas, que seriam as de "estar na cama", passam a ser "as mortas". Para serem queimadas ao sabor dos cigarros infindáveis que se consomem nos meus dedos. Cada vez mais...E em cada baforada o tempo se condensa, se perde no meio do branco...se solta e voa preso a uma realidade que (não) é minha.

Aquela em que (não) vivo.

"We live in a beautifull world...yeah"